art por @takiisbranding – reprodução do instagram

Até a entrada de Júpiter em Áries, no meio do ano, em todos os momentos que a Lua adentrar em Virgem, será esperada uma oposição em relação a Júpiter em Peixes. E como nota astrológica, cabe lembrar que essa corda esticada se refere à uma dualidade presente na maior parte das vivências humanas: o desejo pela ordem e o anseio pelo caos. 

Por um lado, acreditamos que Deus e o Diabo se encontram nos detalhes. Pelos pormenores daquilo que se diz e se silencia, é possível construir um texto que organize as tendências de um certo momento ou de uma escolha. A corporalidade e o lar se tornam também temas a serem dispostos pelo crivo da métrica e da funcionalidade. Essa é a alçada da intuição virginiana quando a Lua por lá perambula. Enquanto isso, Peixes carnavaliza a dimensão do texto a ser manifesto. Mergulhando na mais intensa e profunda poética, a fertilidade de Peixes se dá na capacidade de tornar tudo maior. Para isso, a fantasia, o romance, a tragédia. Casa e memórias cheias daquilo que ainda virá a ser.

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Cada vez que Lua estiver posta em Virgem no Céu, teremos o desafio de compreender as tensões de como semear em um terreno que chove, por vezes, mais do que o esperado. Preparar o terreno ou deixar que ele vingue por si só? A cada pessoa, um mapa natal e um conjunto de ferramentas. Terá quem nesses momentos busque baldes para organizar tanta umidade. Enquanto outras tantas se deixarão dançar em meio às poças enlameadas deste solo fértil.

Texto por Bruno Ueno