arte por @khan_nova – reprodução do instagram

Segunda-feira 17/01/22, ao final do dia, Lua alcança o máximo de tensionamento em relação ao Sol. A Cheia ocorre entre signos que não alcançam compreensões mútuas. Capricórnio, do alto da montanha, aspira a restrição, o controle, a dureza. Caranguejo, do fundo do mangue, aspira a nutrição, a memória, o passo delicado. Nossos olhos se estranham neste momento. Parte deles querem enxergar certas verdades alinhadas a uma resistência frente as coisas do Mundo.

“Encaro com responsabilidade aquilo que está por vir. E luto, sempre que necessário”. Outra parte deles querem reconhecer os espaços em que é possível se sentir em acolhimento e amparado das mazelas do entorno.

“Encaro que o fortalecimento de Si não precisa ser só pela via da dor e da aspereza. Me nutro com aquilo que posso nutrir”.

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A corda da oposição Lua-Sol se dará nas Casas 5 e 11 do espaço celeste, a partir de Brasília. Sendo assim, é o momento em que se oblitera temporariamente as linhas que demarcam os prazeres e projetos pessoais das amizades e frutos do trabalho.

Nem sempre é possível alinhar um passo com outro. E a cegueira momentânea também esclarece, em alguma medida. Pois precisamos revisar nossas escolhas, partindo da retrogradação de Mercúrio/Vênus, sem perder as oportunidades do momento, partindo do aceleramento de Júpiter/Saturno. Em algum ponto, Capricórnio anunciará: “será preciso abrir mão”. E em outro, Caranguejo, num lapso antes de sua partida, sussurrará: “será preciso declarar o afeto”. E nestas idas e vindas, olhares entrecruzados, faremos desta tensão o nosso lugar de escolha.

Texto por Bruno Ueno