A sexta é santa, mas o céu do momento é transgressor!

Esse é um dos feriados mais ritualísticos do Brasil, cheio de pequenos protocolos, que ditam a cerimônia do fim de semana. Acontece que, estando dentro ou fora do conjunto de crenças de cada pessoa, essas regras penetram a sociedade, influenciam toda a comunidade, mas não são capazes de calar os desejos. 

E o astral desses dias está desejoso, não aceita amarras (quer dizer, depende das amarras, rs), porque é feito de encontros apaixonados: Sol encontra Áries e seu furor, a Lua em Escorpião quer falar de profundidade, para completar, Vênus e Mercúrio em Touro, se movimentam em direção ao prazer. 

Sagrado é tudo aquilo que se sacraliza. Nesse sentido, o segredo da sexta-feira é encontrar a santidade no profano e vice-versa, porque um só existe a partir do outro. Virtuosa é a paixão de quem assume o risco de amar cada parte de si, sem julgamentos. 

O Divino é tão imenso, capaz de abrigar em si cada tabu, que existe na pequenez da mente humana. 

  • Texto por Paula Mariá Riemer