art por @linearcollages – reprodução do instagram
Coloque-se em um carro em direção a uma reunião importante em outra cidade. Você avista um acidente e vários veículos que se encontram parados em filas. Antes de chegar até o congestionamento, duas novas opções aparecem. A primeira é pegar um desvio que você nunca atravessou, cujo GPS denuncia que atrasará a sua viagem em uma hora. A outra é parar em um posto e ficar um tempo em repouso. E, claro, você poderá avançar até a fila e aguardar o momento em que a pista for liberada, naquele típico esquema dos pequenos avanços.
Independente da sua escolha, um fato será observável: você não chegará na reunião no horário previsto.
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As retrogradações são acidentes de percurso dos errantes celestes. Nunca aconteceu e nunca acontecerá de forma abrupta. Assim como em um congestionamento, os planetas vão perdendo velocidade até estacionarem. Depois disso, vistos da Terra, os movimentos ficam descompassados, sem o mesmo domínio de outrora. Já notou como as filas de congestionamentos são entrecortadas por quem muda de ideia a todo momento? “Talvez aqui vá mais rápido. Essa não, é aqui mesmo. Ou pode ser lá agora”. Para quem seguiu outro caminho, fora da rota original, existe um espaço para o desconhecido, ainda que a intenção de chegada seja parecida. E para quem ficou no posto, o tédio da falta de movimento poderá corroer parte das entranhas.
Mercúrio retornará o seu passo de Aquário até Capricórnio (26.01), mais uma vez. O que muda? ficará disposto não só por Saturno como também por Marte. Ao final de Janeiro, o guerreiro estará recém-ingresso em Capricórnio, signo de sua exaltação. Ou seja, será preciso retomar algumas linhas de confrontamento demarcados pelo senso de responsabilidade. Para além disso, retomar um senso prático com objetivo de pensar na melhor rota para se firmar ao longo dos próximos períodos. Mais do que tudo, seremos invadidos por uma outra forma de lidar com a própria coragem.
Pode ser que certos planos feitos no começo do ano tenderão a tomar outros rumos. Pode ser que eles permaneçam. Ainda assim, precisará levar em consideração fatores antes não visualizados. De qualquer maneira, uma hora a pista vai ser liberada. E ao retomar a velocidade de antes, lembraremos: já não seremos os mesmos de antes.