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A Lua Minguante deste ciclo acontece sob a tensão entre Sol em Aquário e Lua em Escorpião, perante o espaço das coisas ocultas e mortas (C8) e o lar das boas fortunas e grandes amizades (C11). 

Os dois signos são fixos. Como ponto em comum, apresentam a constância, a busca por firmamento e uma certa teimosia latente às suas intenções e ações. 

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Contudo, agem por vias muito distintas. Aquário é saturnino e diurno. Dissipa a Si em um grupo, um sistema, uma ideologia. Costuma versar a oposição às realezas e aos domínios de quem acha que governa. Questões que não perpassam tanto a lógica de Escorpião, marcial, fleumático e noturno. Aqui recaem com força: a intuição de guerra, a observação prolongada dos fenômenos e a emoção levada até o fundo. Aspecto que dificilmente se encontrará na narrativa aquariana, cuja dispersão não faz acessar o campo mais delicado da morte, do trauma e do tabu. Ainda assim, por ambos se situarem em poéticas maléficas, acredito que os temas tratados por cada signo podem ser acessados um pelo outro, mas por vias de humor distintas. 

E é nessa tensão, entre o grupo/mental e o emocional/desconfiado que recolheremos progressivamente a nossa energia até a Lua Nova em Aquário. Até lá, vale o conselho: observar o que já não cabe mais na mochila e assumir o que já tem espaço para o próximo ciclo. Repouso e expurgo.

Texto por Bruno Ueno