Certos portais precisam ser abertos para que possamos (re)conhecer o Céu. Os principais são a Lua Nova e a Lua Cheia. E ainda que Júpiter tenha retornado para Peixes dias atrás, será só agora que notaremos com maior clareza a sua presença no Céu. “Olha só, você de novo!”.

Para quem não lembra, Júpiter em Peixes ditou as energias e a fé de parte expressiva do primeiro semestre. Lembra do Carnaval? Ou no mínimo, lembra de quando estávamos mais encharcados de certa grandeza?

É hora de acreditar novamente.

Para quem conhece os causos bíblicos, Júpiter em Peixes é o contraponto de São Tomé, aquele que, em uma leitura ligeira, precisou ver e tocar para crer. O ceticismo latente na atitude de São Tomé pode nos ajudar em muitos momentos. Contudo, ao assumirmos esse lado, alteramos a nossa vivência do presente.

Ter fé não se trata só do que podemos vivenciar no futuro, mas também sobre como intencionamos no presente. Assumir certo romantismo perante as horas dos dias. Não temer o afogamento, mas fugir do ceticismo que acinzenta as esperanças.

É um erro acreditar que a boa expectativa produz, necessariamente, frustração futura. Aqui que talvez resida o maior desafio. Deixar que a esperança inunde o presente, mas não permitir que ela circunscreva o futuro ou que traga em nós uma intenção de controle em relação às coisas do Mundo. 

É mais sobre se deixar levar, intencionando para onde se quer chegar, do que controlar a correnteza.

Júpiter está em Peixes. A Cheia já aconteceu.

O que você deseja?

  • Texto por Bruno Ueno