foto por zhang_ahuei – reprodução do instagram

A Lua míngua.

Quando anunciamos a “Lua Minguante”, queremos dizer o seu “Quarto Minguante”. Pois, em princípio, após a Cheia, o que restará para a Lua a não ser o seu progressivo recolhimento, diminuindo a intensidade da luz e passando a ficar cada vez mais ausente do espaço celeste noturno? 

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Quando a Lua míngua, após a Cheia, sentimos que os temas do período adquiriram parte de sua extensão máxima quanto às nossas sensações. Isso não quer dizer que os mesmos temas não possam atingir o seu cume durante essa fase. Não à toa, milhares de crianças nascem todos os dias, inclusive nos últimos dias do Quarto Minguante. A questão é que as nossas disposições frente aos eventos se tornam de um maior recolhimento do que nas fases crescentes. Tendemos a observar com menos ímpeto de “devo agir” e passamos a ser mais “reativos” frente aos temas. O que pode implicar em uma importância maior, caso esses processos envolvam estudos, ponderações e afastamento daquilo que não nos nutre mais.

Assim como na Roda da Fortuna do Tarô, a Lua circula. E após sua queda mensal, existirá sempre uma nova subida, necessária para reafirmar a existência físico-sensorial de cada pessoa. 

Texto por Bruno Ueno