Texto por Bruno Ueno

O grande guerreiro celeste está nos últimos dias em Escorpião, o seu lugar de conforto. Marte fica alegre neste espaço de representação da morte, dos segredos e da imersão nos saberes intuitivos.
Quando alcança Sagitário, perde um bom tanto de eficácia em suas vitórias e aprendizados perante as derrotas. Isso por Sagitário gostar mais da elevação de espírito do que do mergulho mortal. O que não quer dizer que será um período de todo ruim. Marte em Sagitário garantirá a nós que a esperança também tenha armas pelas quais poderá se firmar.

Gosto de chamar esta posição de “Marte do Coice”, com a potência de refletir a imagem de que qualquer desavisado que tente provocar o Centauro no momento em que mira a sua flecha poderá receber um golpe ligeiro e brutal. Coice com propósito. É a violência protetiva de Ryan Gosling em “Drive” (2011). Coice com exagero. Como a iluminação psicótica de Jack Nicholson em “O Iluminado” (1980) e a vilania espalhafatosa de Javier Bardem em “Skyfall” (2012). Coice com busca de uma verdade. Como as personagens icônicas dos romances de Agatha Christie ou as performances que transcendem o espaço-tempo de Marina Abramovic.
Tempos para secar as piscinas dos ressentimentos. E levantar as chamas daquilo que temos grandeza e verdade.