Valor e Rejeição

A segunda-feira é a braba, dia de Lua. Hoje, em Leão. E anda sendo brabo estar na pele dos felinos neste período. Já faz um bom tanto de meses que quem carrega Sol, Ascendente ou outros planetas fortes em Leão deve lidar com as oposições a Saturno em Aquário. Agora, tem também Vênus e Marte confrontando as realezas. As oposições são formas de nos questionar: “será que sou toda essa nobreza que acredito ser?”. 

O que isso implica? Um desafio às coroas que ostentamos. E, veja bem, não existe mal em ostentar o próprio valor. O problema reside em “tirar o protagonismo da estrela alheia na falta do próprio brilho”. Ou em se ressentir profundamente quando não é possível desfilar num momento ou assumir o controle de algo. 

E machuca um tanto, não? Lidar com a rejeição.

O ponto é que só existe brilho se coexistir uma certa dose de rejeição. Não é possível ser brilhante em todos cenários e para todas as pessoas. Pois o que chamo de ouro por aqui pode ser o bronze de outra pessoa. Ou, pior, o chumbo. Então se reluzo para qualquer pessoa, teria eu, luz própria? Ou sou apenas um espelho do que desejam ver?

A rejeição também pode ser o anúncio de que precisamos revisitar o que chamamos de “orgulho”. Não no sentido de anulá-lo. Mas, quem sabe, amadurecê-lo ao ponto de entendermos o lugar das negativas que recebemos como parte da construção de um valor. E não o anúncio de uma guerra contra si ou contra o Mundo.

texto por Bruno Ueno