Ontem, ao longo da noite, Sol e Lua se estranharam. Câncer e Libra são cardinais, signos que abrem as estações. Da parte de Câncer, existe o ímpeto do cuidado perante o entorno e do lunatismo físico-emocional. Da parte de Libra, existe o ímpeto de deixar que o “Outro” influencie fortemente em seu julgamento e de que as responsabilidades sejam levadas pela Lei dos afetos. O mangue de Câncer é lodoso demais para os ventos de Libra. E quando os olhos assim se estranham, quer dizer que parte das nossas escolhas dos dias anteriores ganharão força, abrindo espaço para as delícias e as controvérsias da Lua Crescente.

Até a Lua Cheia será preciso lidar com uma tensão aberta: “como balancear meus desejos com o cuidado e a sensibilidade necessários?”. Por vezes, aquilo que almejamos envolve sacrifícios que transcendem demais a nossa capacidade atual. Pelo “Outro”, abnegamos da própria saúde e temperança. Vale a pena? Esse é o ajuste a ser feito internamente e externamente.

Para este período, um conselho, especialmente para quem carrega no Sol, Lua ou Ascendente os signos cardinais (Áries, Câncer, Libra, Capricórnio): não fique esperando o Mundo ou o “Outro” agir por ou para você. É melhor arriscar de cabeça erguida do que se silenciar num canto de boicotes da própria vontade.

Texto por Bruno Ueno