O OTIMISMO (RELATIVO) DO CENTAURO

A Lua Cheia é a oposição entre os dois olhos celestes: o Sol e a Lua. A corda se estica e, ao contrário do que aparenta, mais nos cega de imediato do que nos esclarece. Ainda assim, aquela sensação de clarão após um farol atingir a nossa cabeça vai passando. E deixa um registro vívido do que precisa ser repensando e revisto. Nesta Cheia, oposição entre Casa 6 e a Casa 12, replicando o encontro da Lua Nova. E precisaremos lidar com escolhas tomadas de forma um tanto questionáveis que acabaram provocando dilemas e tensões com nossos princípios. Vícios, autoboicotes e inimigos ocultos. 

Por se tratar de um período de Gêmeos, valerá a pena entender o que seu oposto, Sagitário, está trazendo na narrativa. Por vezes, vejo a alcunha de “otimista” para este signo. Brinco dizendo que “é… com aquilo que acredita”. Ainda que seja um signo jupiterial, com desejo crescente de fertilizar aquilo que se tem fé, Sagitário é fogo. E nem sempre o que o “Outro” traz é condizente com sua expansão. Logo, ou esse fogo incendiará esse “obstáculo” ou buscará “convertê-lo”. Não à toa – e isso não é regra dura – tantas pessoas que carregam Sagitário envolvidas em algum exercício professoral, político ou espiritual.

A questão é que Gêmeos, seu oposto, brinca e busca saber “de tudo um pouco”. Enquanto Sagitário acredita, por vezes, já ter encontrado “o tudo”. Entende? Nessa tensão, podemos estar passando por um período de reavaliação de convicções profundas ou de certos otimismos ingênuos. A boa notícia é que: Mercúrio está em Gêmeos e voltou a ter saúde, enquanto Vênus seguirá em Touro. 

E talvez seja hora de arriscarmos expressar nossos conflitos de forma mais aberta e honesta. Além de pararmos de brigar tanto com inimigos que não valem a pena a nossa energia e empenho.

Texto por Bruno Ueno