arte @Yonil reprodução instagram

No calor é difícil pensar direito. E no frio também. Nas extremidades das temperaturas os corpos se agitam ou se endurecem. Não demora para que a alma já não consiga nem ao menos entender de onde veio e para onde vai. Tudo que pensamos naquele momento é: “sagrado Céu, me tira daqui”.

Agora, imagine.

Mercúrio está em Sagitário. Signo no qual já fica um tanto desconfortável. Não leve isso a mal. É que o jovem mensageiro acha o signo jupiterial “muito do muito” para suas perspicácias mais alinhadas à piada e aos detalhes do que propriamente às grandes marchas de fé. É como uma criança com roupas de juiz. Além disso, Sagitário é zona de Fogo. Ouve o Centauro questionar: “dá para levar a sério uma fé que esfria o corpo”?

Agora, acrescente Mercúrio nestas vestes à boca do fogão. Dá para imaginar o sapateado?

O Sol quando está a menos de 14 graus de distância do planeja já causa confusão nos olhos de Mercúrio. É como se tivéssemos tentando ler um livro com a luz direcionada para o nosso rosto. E não para o livro. Quando o Sol está a menos de 8 graus, some esse evento à uma sala que volta e meia a janela se fecha abruptamente, aumentando o calor do ambiente. 

Difícil ler, não? 

O que fazer, então? Dá para encomendar o ar condicionado divino?

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Caso precise mesmo redigir uma carta ou ler um livro ou mandar aquela real em pouco tempo, a dica: revise, ao menos uma vez. Ou tenha em mente que o perdão é parte do amor – ainda que não o todo dele, vale dizer. Se tiver a dimensão da escolha estiver maior: pense alto primeiro, elevado. Deixa a flecha ser lançada dentro de Si. Aí depois faça/revise. Até com assuntos que não apresenta tanto domínio. Certa vez, uma professora (Sol em Sagitário, veja só) me contou: “leia, mesmo sem entender alguns trechos, prossiga, até que em algum momento, bam! Você compreende uma ideia maior que o texto está te passando”. E isso vale para atividades, papos e qualquer coisa que envolva a linguagem. Pelo menos agora em Sagitário.

Último ponto: nos hidratemos! Secura demais é o caminho da intransigência da alma. São tempos com mais Papas do que fiéis. Um tanto de conexão afetiva e empatia não é um adicional, é uma necessidade.

Texto por Bruno Ueno

Artes por Yonil